Dom João: guloso e covarde?
Bem, peço desculpas aos nossos amigos portugueses, porque para eles, isso tudo foi um desastre. Mas para nós brasileiros, Dom João teve seus méritos e não podemos negar. Toda uma estrutura foi feita pelas suas mãos, para tornar o Brasil um reinado, digno de ter a sede da Coroa em seu território. Lembrem-se que antes dele não tínhamos banco, casa da moeda, escola de ciências, correios, imprensa entre outras iniciações. O Rei tomou tanto gosto pela nossa terra que nem queria retornar para Portugal!
Então, antes de julgá-lo pela sua aparência ridicularizada por alguns, devemos ser gratos, pois seu governo tornou possível posteriormente a Independência de nosso país.
Mais um pouco sobre D. João VI
O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO - PARTE FINAL
Além do fato de tudo isso fazer parte da nossa historia, por que se hoje somos um país independente foi por causa de toda essa luta.
O povo unido jamais será vencido - Parte 3
A Revolta do Porto
Napoleão foi derrotado em 1814. O povo português queria seu rei de volta. Como pode abandonar seu próprio país? E você acha que ele queria voltar? NÃO!
"Que os meus Reinos de Portugal, Algarves, e Brasil formem dora em diante um só e único Reino debaixo do título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, E DO BRASIL, E ALGARVES". Esta era a ideia do rei, e era até uma ideia muito inteligente, pensem bem: Se Portugal, Brasil e Algarves se juntam e viram um único país, não ia ter pra ninguém. Virariam um país poderosíssimo com tudo que qualquer outro poderia querer, desde terras produtivas até um país forte Europeu que se enriqueceria às custas do comercio colonial.
Mas o povo português não queria isso, e a voz do povo é a voz de Deus. O que o povo português queria mesmo era que o Brasil continuasse sendo uma colônia e que eles usufruíssem de nossos bens da forma que quisesse.
Resultado: O rei volta para Portugal assim como o povo português queria e deixa seu filho Dom Pedro I como príncipe regente do país.
Mas os portugueses queriam mais, e pediam pela recolonizarão do país. Diante desta pressão o príncipe regente proclama a Independência do país em 1822;
[para saber mais sobre o assunto leia a seria de posts Revolução Liberal do Porto]
Aí vem a parte mais importante desta historia toda: O que eu e você temos haver com isso?
Continua...
O Povo Unido jamais será vencido Parte 2
A vinda de Dom João VI, como eu já havia dito, trouxe para o Brasil muitos progresso tais como:
· - Criação do Banco do Brasil.
· - Criação da Academia de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
· - Criação da Biblioteca Real no Rio de Janeiro cujo acervo foi quase todo trazido de Portugal.
· - Criação dos Correios.
· - Criação do Museu Real.
· - Liberação da imprensa.
· - Criação da casa da moeda.
Dentre muitas outras inovações, fundações, criações, etc.
Mas nem tudo são flores e Dom João VI sabe muito bem disso, se ele não soubesse nunca teria vindo ao Brasil. O fato é que as decisões do rei não agradaram muito o povo da colônia.
Então surgiu na boca do povo brasileiro um primeiro gostinho de republica graças os regionalmente desfavorecidos pernambucanos no ano de 1816.
Como a corte havia se mudado para o Rio de Janeiro e junto com ela o desenvolvimento e a autonomia o povo pernambucano se sentiu excluído do resto do país, e já que estavam fora mesmo resolveram tentar tornar isto oficial. Não tinham apenas este o motivo, os gatos exagerados da corte no Rio e nenhum gasto com outros estados, a rivalidade entre brasileiros e portugueses recém-chegados, influencia da independência americana e muitos outros motivos contribuíram para tal revolta.
Os líderes da rebelião eram Domingos José Martins, José de Barros Martins (tinha o apelido de “Leão Coroado”), João Ribeiro e Miguelinho (esses dois últimos eram padres). Eles conseguiram governar o estado “republicamente “ como queriam mas não durou muito. Foram reprimido assim que o rei soube da ameaça e seu principais líderes foram mortos.
[se quiser saber mais sobre o assunto leia o post Revolução de Pernambuco]
As revoltas não pararam por ai...
O povo unido jamais será vencido - Parte 1
Dom João IV (abreviação de João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança), aliou-se à Espanha contra a Revolução Francesa, revolução que acontecia a todo vapor na Europa. Napoleão e seus homens conquistavam praticamente todo o continente, e os países europeus morriam de medo do “grande conquistador”.
Aliado à Espanha Dom João VI se viu num beco sem saída já que sua economia dependia profundamente da Inglaterra, e a Espanha agora estava do lado de Napoleão que deu para Portugal um ultimato: “Ou você fecha seus portos e pare de comercializar com a Inglaterra, ou invadiremos Portugal”.
Resultado: Janeiro de 1808 chega Dom João IV, Carlota Joaquina( a essa altura já por conta dos tais piolhos infernais do navio) e toda a família real ( que era tão grande quanto o nome verdadeiro do rei), chegam em Salvador. Uma nova historia começaria ali, tanto para o desenvolvimento do país, quanto para o desenvolvimento da mente do povo que agora já não pensariam mais como “caipiras colonos”, mas descobririam que asua voz poderia ser ouvida.
Revoltas....
Continua...
Precedentes das Revoltas
Tudo tem um símbolo
Revolução de Pernambuco
Revolução Liberal do Porto - CONSEQUÊNCIAS
O quadro de Debret retrata o embarque da Família Real de volta a Portugal em abril de 1821
Revolução Liberal do Porto - MOVIMENTO LIBERAL??
Havia uma nítida contradição entre os princípios impostos pela revolução do Porto. A Revolução dizia-se liberal, ou seja, a intenção dita era que houvesse o retorno da Família Real ao Brasil, estabelecendo uma Monarquia Constitucionalismo, garantindo maiores direitos e liberdades à sociedade, mas por detrás de toda essa intenção, o foco da Revolução era tornar o Brasil novamente uma colônia de Portugal da qual só este possuiria o privilégio de usufruir de suas riquezas e comercializar diretamente com ele.
Revolução Liberal do Porto - RESPOSTA DA COROA PORTUGUESA
Em 1814, após a derrota de Napoleão, o retorno da Coroa voltou a ser discutido em Portugal, os portugueses desejavam a volta de sua Corte já que a cada dia era mais evidente a decadência do reino português. Porém, Dom João não possuía intenções de retornar a sua nação de origem, publicando uma carta com os dizeres "Que os meus Reinos de Portugal, Algarves, e Brasil formem dora em diante um só e único Reino debaixo do título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, E DO BRASIL, E ALGARVES". A proposta foi bastante vangloriada no Rio de Janeiro, ao contrário de como foi recebida em Portugal. A elevação a Reino unido tornava o Brasil nas mesmas condições em relação a Portugal, e não era objetivo dos portugueses se equivalerem a sua colônia.
Assim, os portugueses influenciados pelas idéias maçônicas, estavam criticando e questionando a permanência da Corte portuguesa na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi então criada a “Junta Provisional do Supremo Governo do Reino”, que possuía o objetivo de organizar as eleições para as Cortes Constituintes de Portugal.
Revolução Liberal do Porto - SURGIMENTO DO MOVIMENTO
Com toda essa insatisfação gerada em Portugal, houve o surgimento de um espírito liberal, sendo organizado e criado então o Sinédrio, que era uma associação de liberais que pregavam a expulsão dos ingleses de Portugal e o retorno de Dom João VI à sua nação de origem, com a intenção da criação de uma Constituição para o país.
Revolução Liberal do Porto - CAUSAS
A abertura dos portos brasileiros, decretada por Dom João VI (rei de Portugal) causou o fim do monopólio comercial de Portugal sobre o Brasil, afetando diretamente a economia lusitana, principalmente a classe burguesa do país. Portugal se encontrava em uma situação deplorável, de crise econômica, política e social, já que desde 1808 a Família Real não se encontrava mais em Portugal e a concorrência com os produtos britânicos era bastante considerável, fazendo com que houvesse falta de produtos de necessidade básica, tornando os preços cada vez menos acessíveis e que a moeda desvalorizasse, a agricultura se encontrava desestruturada e as cidades destruídas por causa das lutas contra os franceses. Outro fator que fez com que aumentasse o descontentamento da população foi a ditadura instalada por marechal Beresford, que era um regente britânico que governava com amplos poderes, enquanto a permanecia do Dom João VI no Brasil. A nobreza também estava insatisfeita pois a vinda da Corte Real para o Brasil deteriorou seus privilégios.
A imagem abaixo mostra a crise econômica vivida por Portugal, uma Lisboa desorganizada na distribuição da caridade à população pobre
Revolução Liberal do Porto - INTRODUÇÃO
A Revolução Liberal do Porto foi iniciada em 1820 ao norte de Portugal, na cidade do Porto, organizada por militares e se espalhou até chegar à capital: Lisboa. A revolução teve o apoio dos burgueses, do clero, da nobreza e do exército, fazendo com que o movimento possuísse a maior e mais importante parte dos habitantes de Portugal. Mesmo que esta revolução tenha sido ocasionada em Portugal, trouxe conseqüências tanto na história de Portugal quanto na do Brasil.
Dom João VI no Brasil
Cara, crachá!
Nome: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança. (Agora sabemos a origem de boa parte dos nossos nomes! rsrs')
Local e data de nascimento: Lisboa, 13 de maio de 1767.
Local e data de falecimento: Lisboa, 10 de março de 1826.
Pai: Pedro III.
Mãe: D. Maria I de Portugal.
Títulos: Senhor do Infantado eduque de Beja, Príncipe do Brasil e Duque de Bragança, Príncipe-regente de Portugal, Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Rei de Portugal e Imperador titular do Brasil.
Esposa: Dona Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon, infanta de Espanha.
Filhos:
- Maria Teresa de Bragança;
- Antônio Francisco de Assis de Bragança e Bourbon;
- Maria Isabel de Bragança;
- Pedro I do Brasil e IV de Portugal;
- Maria Francisca de Assis de Bragança;
- Isabel Maria de Bragança;
- Miguel I;
- Maria da Assunção de Bragança;
- Ana de Jesus Maria de Bragança;
- Liberação da atividade industrial em 1808;
- Criação do Banco do Brasil em 12 de outubro de 1808;
- Permissão de ter imprensa no Brasil;
- Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro;
- Criação da Biblioteca Real no Rio de Janeiro;
- Criação do Museu Real.
- Criação dos Correios.
- Criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
- Criação da Casa da Moeda.
- Estimulou a construção de estradas; os portos foram melhorados.
- Fundação da academia militar, da marinha e de um hospital militar;
Revoltas pós D. João VI
Galeria de Imagens - Revolta de Pernambuco
Nesta sexta-feira (6), dia da Revolução Pernambucana, Governo do Estado comemora, pelo segundo ano consecutivo, a Data Magna de Pernambuco, instituída oficialmente no ano passado. A programação começa pela manhã e se estende até a noite, quando será realizado um show gratuito do cantor Alceu Valença, no Marco Zero, no Bairro do Recife, além de outras atrações.
Em frente ao Palácio do Campo das Princesas, às 8h, haverá o hasteamento da bandeira de Pernambuco, seguido de uma homenagem com flores aos mártires da revolução. O local também será palco de uma apresentação do Coro da Assembleia Legislativa e da Banda Polícia Militar, além de uma sessão solene com representantes da Maçonaria, instituição que teve papel fundamental durante a insurreição. Ainda pela manhã, acontece um desfile cívico, saindo da frente da Secretaria da Fazenda, na Rua do Imperador, em direção à Assembleia Legislativa.
À tarde, a partir das 16h, a Assembléia Legislativa faz reunião solene, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), para a entrega da Medalha do Mérito democrático e Popular Frei Caneca à Igreja Católica e à Maçonaria pela contribuição do movimento republicano de 1817.
Quem for ao Marco Zero, a partir das 19h, poderá conferir o espetáculo teatral Revolução de 1817, escrito e dirigido pó José Pimentel, que relata os principais fatos da revolta.
SHOWS – Após a peça, sobem ao palco bailarinos do Grupo Grial de Dança que acompanham a apresentação do Maracatu Leão Coroado e convidados. Entre os cantores que figuram o show, estão Edilza, Walmir Chagas, Isaar, Mônica Feijó, Fábio Trummer, Claudionor Germano e Maria Helena.
A noite será encerrada com os shows se Maciel Salu e Alceu Valença. Alceu deverá priorizar o caráter pop de sua obra, executando seus grandes sucessos - "Tropicana", "La belle du jour", "Pelas ruas que andei", "Como dois animais", "Estação da luz", "Táxi lunar", entre outras. "Há tempos não faço este show no Recife, onde tenho apresentado mais músicas de carnaval. Mas se o povo pedir, ao final de tudo, faremos um bloco de frevos", avisou o cantor.
Três músicas do novo disco, "Ciranda Mourisca" (Biscoito Fino) - que prioriza as sonoridades acústicas, com leve toque oriental - também estão garantidas no espetáculo: "Pétalas", "Dia Branco (Deusa da noite)" e "Ciranda da Rosa vermelha", esta última também apresentada no show do carnaval estabelece a ligação direta entre a folia e a densidade ibérica.
HISTÓRIA – Chamada de Revolução Pernambucana, a insurreição eclodiu em 6 de março de 1817, sob a liderança de Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e do Frei Caneca. Os revolucionários conseguiram conquistar Pernambuco e instalaram um governo provisório que tinha como propostas básicas proclamar a República, abolir alguns impostos e elaborar uma constituição que estabelecesse a liberdade religiosa e de imprensa, bem como a igualdade de todos perante a lei. Após dois meses de luta, as tropas portuguesas sufocaram o movimento e seus líderes foram condenados à morte. A atual bandeira de Pernambuco é a mesma que os revoltosos usaram em 1817.